Investimento mensal: como definir uma estratégia que funciona e não pesa no bolso Definir seu investimento mensal é muito importante - Shutterstock

Definir um valor de investimento mensal é uma etapa importante para alcançar seus objetivos financeiros de forma organizada. Para isso, é essencial considerar alguns fatores chave e adotar estratégias que permitam começar a investir, mesmo com pouco dinheiro. 

De acordo com o coordenador de produtos e serviços do Sicoob Credicapital, Gabriel Carminati, o primeiro passo é entender sua situação financeira. Faça um levantamento completo de suas fontes de renda e suas despesas fixas e variáveis. Isso ajuda a identificar quanto sobra para investir sem comprometer seu orçamento. 

Na sequência, defina quanto você quer economizar por mês. Uma regra comum é seguir o conceito 50/30/20, onde 50% da renda é destinada a necessidades, 30% a desejos, e 20% para investimentos ou poupança. Depois, considere seus objetivos de curto, médio e longo prazo para determinar o quanto investir. Por exemplo, se você está planejando aposentadoria ou quer comprar uma casa, o montante pode variar de acordo com esses planos.

Avalie seu perfil de investidor para entender qual tipo de investimento faz sentido para você. Ele impacta na escolha de investimentos e, consequentemente, no quanto você pode se sentir confortável em investir. “Ao definir um valor, é essencial entender os produtos financeiros e suas taxas. Investimentos com taxas mais baixas como Tesouro Direto e ações podem permitir que você destine mais recursos a eles ao longo do tempo”, pontua Gabriel. 

O que levar em conta ao definir um valor?

  • Segurança financeira: Garanta que você tenha uma reserva de emergência antes de fazer grandes aportes em investimentos de maior risco;
  • Dívidas: Se você tem dívidas, priorize quitá-las, especialmente as de juros altos, antes de começar a investir;
  • Prazo dos objetivos: Curto prazo (1 a 3 anos): prefira investimentos mais conservadores, como Tesouro Selic, Poupança ou RDCs de liquidez diária;
  • Médio/longo prazo (mais de 5 anos): você pode optar por investimentos em LCI/ LCA com isenções de imposto para pessoa física ou, investimentos mais arriscados, como ações ou fundos multimercado, pois tem mais tempo para recuperar eventuais perdas;
  • Diversificação: Espalhe seus investimentos em diferentes tipos de ativos para reduzir o risco. Por exemplo, parte em renda fixa e parte em renda variável.

Como começar a investir com pouco dinheiro? 

1. Investimentos acessíveis

  • Tesouro Direto: você pode começar com valores baixos, a partir de R$30,00.
  • RDC em cooperativas: oferecem rentabilidade competitiva e também têm investimentos iniciais baixos.
  • Fundos de investimento: alguns têm aplicação mínima baixa, ideal para diversificação.
  • Ações fracionadas: no mercado de ações, você pode comprar ações no mercado fracionário, começando com pequenas quantidades.

2. Utilize corretoras sem taxa de corretagem

Escolher uma corretora que não cobre taxas de corretagem para investimentos pode fazer uma grande diferença, especialmente se você estiver começando com pouco dinheiro.

3. Planeje aportes regulares

Mesmo que comece com um valor pequeno, a consistência nos aportes mensais é mais importante do que o valor inicial. 

4. Reinvista os rendimentos

Se seus investimentos gerarem dividendos ou rendimentos, reinvista-os em vez de utilizá-los imediatamente, potencializando o efeito dos juros compostos.

5. Eduque-se financeiramente

Invista tempo aprendendo sobre diferentes produtos financeiros, sua rentabilidade e riscos. Isso ajudará a tomar decisões mais informadas.


Raquel Barreto

Raquel Barreto é formada em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi. Além de investimentos e finanças, também escreve sobre saúde, beleza,...