
Os juros estão e, por conta disso, muita gente vem adiando o sonho de ter uma casa própria. Afinal, para muitos, isso significaria um financiamento para conseguir fazer a compra. Contudo, essa não é a única forma de conseguir a sua casinha.
Nesse momento, o consórcio residencial surge como uma opção para adquirir bens, já que em termos de custo total, ele costuma sair mais em conta. Segundo dados da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), no ano passado o Sistema de Consórcios apresentou crescimento recorde de adesões, atingindo 4,49 milhões de vendas de cotas, no acumulado de janeiro a dezembro.
De acordo com Cléber Gomes, que é CEO da Maestria, o consórcio residencial é uma forma de compra sem cobrança de juros. Nele, você integra um grupo e concorre mensalmente à carta de crédito, seja por sorteio ou lance, ao longo de um período determinado.
O financiamento, por sua vez, é um empréstimo do crédito com juros. Nesse caso, você recebe o bem imediatamente, todavia acaba pagando juros mais altos. O valor dos juros no Brasil, atualmente, está acima dos 14% ao ano.
“O consórcio tem as parcelas, a taxa de administração estabelecida em contrato, mas não tem juros em cima das prestações como acontece no financiamento. Em contrapartida, exige paciência, já que você pode ter sorte e receber o bem no começo, no meio, ou só no final”, explica o sócio-fundador da empresa especializada em consórcio e produtos financeiros.
Assim, tanto o financiamento quanto o consórcio têm suas vantagens e desvantagens, e é preciso entender qual a melhor opção para o seu caso.
Para quem o consórcio residencial é uma opção?
Por conta de suas características, o consórcio residencial exige que a pessoa possa esperar um certo tempo para economizar. Além disso, as suas parcelas são fixas e obrigatórias, então podem ajudar quem não tem muita disciplina financeira, de acordo com Cléber.
“O consórcio também serve para quem já tem um financiamento e deseja quitar. Desde 2008, isso é regulamentado em lei, e em momentos de juros altos, as consultorias financeiras estão instruindo a fazer um consórcio com taxa de 1.8% ao ano e trocar pelo financiamento de 14% ao ano, fazendo com que sua dívida fique menor”, conclui o especialista.