
Trabalhar por conta própria é uma forma de complementar os ganhos, mas exige atenção redobrada na hora de conferir como declarar renda de bico no Imposto de Renda.
Isso porque, mesmo sem vínculo empregatício formal, os rendimentos da prestação de serviços também são considerados tributáveis, e devem ser informados na sua declaração anual caso se enquadre nos critérios de obrigatoriedade. Se não se atentar, pode cair na malha fina e ter problemas com o Fisco. Por isso, entender como declarar corretamente a renda informal é fundamental.
Como declarar a renda de freelancer ou bico?
Se você recebeu mais de R$ 30.639,90 em rendimentos tributáveis em 2024 (ano-base da declaração de 2025), precisa enviar a declaração. A renda de bico ou como freelancer deve ser lançada na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Física e do Exterior pelo Titular”, mesmo que não tenha emitido nota fiscal. Nela, é necessário informar:
- Nome e CPF do pagador;
- Valor recebido mensalmente;
- CPF do prestador (você).
Para calcular o imposto devido ao longo do ano, você pode usar o Carnê-Leão, sistema da Receita Federal que recolhe mensalmente os tributos. O ideal é usar o portal toda vez que receber um pagamento, mas também é possível regularizar tudo em uma declaração anual, com possíveis adicionais de multa. Além disso, se você usa o carnê-leão, pode usar a aba “Importar informações”, pois o sistema já registrará todas as transações no CPF vinculado.
Dessa forma, você poderá somar os valores de recebimento e informar na aba de tributáveis. Caso não tenha dados para importar, inclua tudo manualmente, mas lembre-se de somar corretamente!
Como comprovar os valores recebidos?
Além de saber como declarar renda de bico no Imposto de Renda, é importante ter como provar esses ganhos. Pessoas físicas sem MEI ou outro CNPJ não podem emitir nota fiscal. Por isso, a Receita aceita comprovantes como transferências bancárias, recibos assinados, contratos de prestação de serviço e até conversas em plataformas como WhatsApp. O importante é manter esses documentos organizados e guardados por, pelo menos, cinco anos. Assim, se você cair na malha fina, terá como provar.