É lucro ou pró-labore? Entenda a diferença na hora de tirar dinheiro da empresa É lucro ou pró-labore? Entenda a diferença na hora de tirar dinheiro da empresa

Saber a diferença entre lucro ou pró-labore é fundamental para manter a saúde do seu negócio. Muitos empreendedores confundem os dois conceitos e acabam misturando as contas da empresa com as pessoais, o que pode gerar problemas financeiros e até legais. Por isso, entender como elas se separam e saber o momento de retirar cada uma do caixa é o primeiro para ter uma gestão mais saudável e transparente.

O que é pró-labore?

O pró-labore é a “remuneração” dos sócios que atuam diretamente na empresa, como se fosse um salário. Ele se define com base na função de cada pessoa e nas condições financeiras do negócio. Diferente do lucro, o pró-labore é fixo, pode ser pago mensalmente e tem encargos, como INSS e Imposto de Renda. Ou seja, é o valor que o empreendedor recebe pelo seu trabalho.

E o que é lucro?

Enquanto isso, o lucro é o que sobra depois de pagar todas as despesas da empresa, incluindo o pró-labore. Ele é o resultado financeiro do negócio e pode até ter distribuição entre os sócios, como dividendos, ou também ter outras funções, como investimentos ou reserva.

Seja como for, só se deve mexer no lucro após uma análise do fluxo de caixa, para garantir que não vai comprometer as finanças da empresa.

Quando tirar lucro ou pró-labore?

Após entender a diferença entre os dois conceitos, fica mais fácil entender quando mexer no lucro ou pró-labore. Para começar, se é o pagamento mensal dos sócios e empreendedores do negócio, é pró-labore, e deve ser retirado todo mês. Afinal, mesmo os donos precisam pagar as contas, e, como um salário, é o justo pelo seu esforço. Até no caso de um MEI, é válido estabelecer um pró-labore e descontar mensalmente. Isso evita tirar dinheiro do caixa sem nenhum controle ou critério.

Por outro lado, se for um investimento para a empresa, como a compra de equipamentos, expansão das atividades ou quitação de dívidas, então deve sair dos lucros. Isso porque é um investimento que volta para o negócio, com intenção de crescimento ou rendimento. Um aprimoramento da empresa não deve sair do bolso dos sócios ou do pró-labore quando se possui lucro. Da mesma forma, o salário dos sócios deve ser parte das despesas, e não pago apenas depois do lucro.

Como não confundir e manter o controle

Para evitar confusão entre lucro ou pró-labore, é fundamental manter contas separadas: uma para a empresa e outra para os gastos pessoais. Defina um valor fixo que caiba no orçamento da empresa e só retire lucros após análise do caixa e pagamento de obrigações. Além disso, registre todos os movimentos financeiros, para saber como está a movimentação interna e conseguir separar cada valor corretamente.