Investir em ouro é uma forma de investimento considerada segura para aumentar o patrimônio. O investimento em ouro consiste na compra de ouro físico ou de ativos que representem o valor do ouro, como contratos futuros ou ETFs (fundos que replicam a variação do preço do ouro).
De acordo com o mentor e educador financeiro Resende Neto, “o ouro é considerado um ativo de ‘porto seguro’, utilizado para proteção contra a inflação, desvalorização da moeda ou crises financeiras”. Ele é negociado como uma commodity, ou seja, seu valor é definido pela oferta e demanda no mercado global.
“Investidores podem optar por adquirir ouro físico (como barras ou moedas) ou através de instrumentos financeiros que seguem a cotação do metal”, acrescenta o especialista.
Como investir em ouro no Brasil?
O ouro é um dos metais mais valiosos do mundo e pode ser uma ótima opção de investimento. O educador financeiro conta que existem várias formas de investir em ouro no Brasil:
- Ouro físico: Pode ser adquirido em corretoras autorizadas ou distribuidoras de títulos e valores mobiliários (DTVMs). O ouro é comercializado em barras de diferentes pesos (como 250g ou 1kg). Uma das corretoras mais conhecidas é a B3 (antiga BM&F Bovespa), que negocia contratos de ouro.
- ETFs de Ouro: São fundos que replicam a variação do preço do ouro. O ETF de ouro mais conhecido no Brasil é o GOLD11, que pode ser negociado na B3 como uma ação.
- Contratos Futuros de Ouro: Outra forma de investir é através de contratos futuros na B3, que envolvem a compra e venda de ouro a um preço pré-estabelecido para uma data futura.
- Certificados de Ouro (CO): São contratos financeiros lastreados em ouro físico. Eles são adquiridos através de instituições financeiras ou corretoras autorizadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Quais são as taxas para investir em ouro?
As taxas para investir em ouro variam conforme a modalidade de investimento:
- Compra de ouro físico: Há taxas de custódia (para manter o ouro armazenado em segurança), além de um spread entre o preço de compra e venda. Em corretoras, a custódia geralmente custa entre 0,15% e 0,3% ao mês.
- ETFs de Ouro (como o GOLD11): Cobram uma taxa de administração anual que gira em torno de 0,3% a 0,6% sobre o valor investido.
- Contratos Futuros de Ouro: Envolvem taxas de corretagem, emolumentos da B3 e margem de garantia. As taxas variam conforme a corretora escolhida.
- Impostos: Há incidência de Imposto de Renda sobre os lucros de investimentos em ouro, com alíquotas que variam de 15% a 22,5%, conforme o prazo de aplicação.
Investir em ouro pode oferecer riscos
Como qualquer investimento, investir em ouro também pode apresentar alguns riscos ao investidor. Entre eles, o especialista destaca:
- Risco de Preço: O preço do ouro pode sofrer variações devido a eventos geopolíticos, crises econômicas e flutuações no dólar. Isso porque a cotação do ouro é feita em moeda estrangeira.
- Liquidez: Apesar de ser um ativo muito negociado, ouro físico pode não ser tão simples de vender quanto uma ação.
- Custos de Armazenamento: Investir em ouro físico envolve custos de custódia e segurança. Isso além da necessidade de garantir um local seguro para armazenamento.
- Volatilidade: O ouro pode ser volátil em momentos de instabilidade econômica. Ele tende a se valorizar em crises, mas pode perder valor em momentos de normalidade e crescimento econômico.
Vale a pena investir em ouro?
Segundo Resende Neto, o ouro é recomendado para quem busca diversificação de investimentos e proteção em momentos de instabilidade econômica ou alta inflação. Ele não é um ativo que gera renda, como ações que pagam dividendos. Mas pode funcionar como um hedge contra crises e desvalorização da moeda.
O ouro é interessante para investidores que querem proteger parte de seu portfólio em um ativo que historicamente se valoriza em momentos de crise e instabilidade. Contudo, não deve ser a única forma de investimento, mas sim parte de uma carteira diversificada. Agora, se o objetivo é obter altos retornos em curto prazo, o ouro pode não ser a melhor escolha. Especialmente em períodos de estabilidade econômica e baixa inflação, onde outros ativos podem ser mais rentáveis.
“O ouro é uma excelente ferramenta para diversificação de portfólio, com destaque em tempos de incerteza e inflação elevada. Ele oferece proteção contra a desvalorização da moeda, mas deve ser considerado como parte de uma estratégia de investimento mais ampla. Suas desvantagens incluem o custo de armazenagem e a falta de geração de renda contínua, como em ações ou imóveis. Avaliar o perfil de risco e os objetivos financeiros é essencial para decidir se vale a pena investir nesse ativo”, finaliza Neto.