Investir é uma prática financeira fundamental para quem deseja garantir segurança e estabilidade no futuro. Ao aplicar o seu dinheiro, você consegue acumular recursos e multiplicar o seu patrimônio a longo prazo. “Os aspectos financeiros estão presentes em várias questões de nossa vida. Investindo, conseguimos criar as pontes para atingir vários de nossos sonhos”, aponta o educador financeiro João Victorino.
De acordo com ele, o tempo é um aliado poderoso nos investimentos, pois permite que nosso dinheiro cresça e se multiplique. Assim, quanto mais cedo você começar a investir, melhor. “Mesmo com valores pequenos, ao investir cedo, conseguimos o efeito dos ‘juros sobre juros’, que é um dos grandes segredos para criar um patrimônio sólido. No entanto, também é possível começar a investir mais tarde, e isso ainda trará muitos benefícios”, pontua.
O importante, segundo o profissional, é dar o primeiro passo, independentemente da idade ou do valor, pois cada etapa conta para melhorar nossa situação financeira e preparar um futuro mais estável.
Como começar a investir?
Para quem está começando a investir, é interessante optar por investimentos simples e de baixo risco. Abaixo, o especialista listou sobre algumas das melhores opções para iniciantes:
1. Poupança
É o investimento mais básico e conhecido, ideal para quem está começando a investir e quer algo de fácil acesso e sem complexidade. A poupança tem rendimento mensal e é bastante segura, pois é garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Embora seu rendimento seja baixo em comparação com outras opções, ela ainda é útil para quem quer começar a criar o hábito de guardar dinheiro e ter uma reserva de emergência que pode ser acessada a qualquer momento.
2. Tesouro Direto
Essa é uma opção segura, pois se trata de um investimento em títulos do governo federal. No Tesouro Direto, você “empresta” seu dinheiro para o governo, que o remunera com juros. Ele possui diferentes tipos de títulos, como o Tesouro Selic (que rende conforme a taxa básica de juros), o Tesouro IPCA+ (atrelado à inflação) e o Tesouro Prefixado (com taxa fixa). É acessível a todos, pois é possível investir com quantias baixas, e é garantido pelo próprio governo, oferecendo mais segurança.
3. CDBs (Certificados de Depósito Bancário)
São títulos emitidos por bancos que permitem que você empreste seu dinheiro à instituição financeira em troca de uma rentabilidade definida. Existem CDBs de liquidez diária, que permitem o resgate a qualquer momento, ideal para uma reserva de emergência. Há também CDBs com prazos maiores, que geralmente oferecem uma rentabilidade superior. Eles são garantidos pelo FGC, oferecendo segurança semelhante à da poupança, mas com possibilidade de rendimentos mais altos.
4. Fundos de investimento
Os fundos de investimento são uma forma de investir em conjunto com outras pessoas. O gestor do fundo é responsável por decidir onde aplicar o dinheiro do fundo, que pode ser em ações, títulos públicos, câmbio, entre outros ativos.
Para o investidor iniciante, os fundos multimercados e os fundos de renda fixa são boas opções, pois proporcionam uma diversificação automática e são administrados por profissionais especializados. Vale a pena observar a taxa de administração e avaliar se o fundo é compatível com seu perfil de risco.
“Essas opções são recomendadas para iniciantes porque são seguras, fáceis de entender e possibilitam ganhos que, ao longo do tempo, ajudam a criar uma base sólida de investimentos. Cada uma delas oferece características distintas, mas todas contribuem para que o iniciante comece a investir com mais segurança e confiança”, explica João Victorino.
Dicas para começar a investir
- Gaste menos do que ganha, pesquise e pechinche: esse é o primeiro passo para construir uma vida financeira saudável. Ao gastar menos do que ganha, você começa a criar uma sobra para investir;
- Separe sua renda: guarde parte de seu salário antes de pagar as despesas correntes;
- Busque informação ativamente: invista tempo para aprender o básico sobre investimentos e como funcionam. Existem muitos recursos gratuitos e acessíveis, como cursos online, podcasts e artigos de especialistas;
- Estabeleça metas: tenha clareza sobre o motivo de investir e o prazo em que deseja atingir esses objetivos, como uma reserva de emergência, aposentadoria, compra de um bem, entre outros;
- Não faça dívidas: as dívidas vão afastar você cada vez mais de uma tranquilidade financeira;
- Monte uma reserva de emergência: antes de se arriscar, tenha uma quantia guardada para imprevistos, geralmente de três a seis meses do seu custo de vida. Esse dinheiro deve estar em um investimento seguro e de fácil acesso;
- Comece com investimentos de baixo risco: como iniciante, é aconselhável priorizar investimentos mais conservadores para evitar perdas no início,
- Invista de maneira regular: tornar o investimento um hábito, com contribuições regulares, ajuda a fortalecer seu patrimônio ao longo do tempo.