
Muitos pais ainda se perguntam sobre se dar mesada para os filhos é uma boa ideia. Afinal, ela ajuda os pequenos a crescerem mais responsáveis com o dinheiro ou apenas forma pessoas mais consumistas?
Malu Lira, influenciadora de finanças pessoais voltada ao público infantil conhecida nas redes sociais como Malu Finanças, se posiciona a favor da mesada, porém com certas condições. Segundo ela, a mesada não pode ser apenas um valor entregue sem contexto ou direcionamento.
Mas como fazer isso e tornar a mesada em uma oportunidade de aprendizado? Veja a seguir:
Dicas para dar a mesada da forma correta
A especialista explica que, para que a mesada seja um aprendizado, ela deve estar associada a metas, planejamento e diálogos frequentes sobre dinheiro dentro de casa.
Estudos recentes apontam que as bases do comportamento financeiro são formadas até os sete anos de idade, o que reforça a importância de uma relação saudável com dinheiro desde cedo. Malu afirma que a mesada pode ser uma aliada nesse processo, mas alerta sobre o risco de pais utilizarem o valor como solução para compensar ausência, negociar comportamentos ou estimular um consumo sem limites.
“Se você for começar com a mesada precisa ter um porquê. Pode ser para o filho aprender a poupar, a entender o valor das escolhas ou até para ele aprender a fazer um pequeno orçamento. Mas quando vira só um dinheiro dado por dar, o jovem não vai saber usá-lo de maneira sábia se não tiver um direcionamento dos pais. Aí, pode acabar ficando sem limites com os gastos”, diz Malu.
Ademais, a influenciadora diz que é importante que a mesada siga a realidade financeira da família e sofra ajustes de acordo com o contexto da casa e o amadurecimento do jovem. “Não existe valor certo ou fórmula única. O importante é ter clareza de que a criança não vai aprender sozinha. Ela vai precisar de educação financeira dentro de casa para poder utilizar a mesada como uma ferramenta de aprendizado”, afirma.
Malu também reforça que os pais não devem ter medo de falar sobre dinheiro com os filhos. Segundo ela, esconder dificuldades ou tratar o tema como tabu cria adultos inseguros e vulneráveis a endividamento e decisões financeiras por impulso.