Fluxo de caixa pessoal e fluxo da empresa: como não misturar?
Misturar o fluxo de caixa pessoal e da empresa pode ser um erro para quem está tentando fazer o negócio dar certo. Especialmente iniciantes e autônomos que se formalizaram, é normal acabar utilizando as finanças de ambos de maneira mesclada no dia a dia, como tirar dinheiro do caixa para uma conta pessoal, ou usar o dinheiro da conta particular para investir no negócio.
Em ambas as situações, seu negócio pode sair prejudicado e não crescer de forma saudável. Por isso, entender e separar o fluxo de caixa pessoal do fluxo da empresa é essencial.
Qual a diferença entre fluxo de caixa pessoal e da empresa?
O fluxo de caixa pessoal diz respeito à entrada e saída de dinheiro da sua vida pessoal: salário, contas de casa, alimentação, lazer e outras despesas familiares. Ou seja, tudo que você usa para se sustentar, desde pagar as contas, até comprar imóveis e fazer viagens.
Enquanto isso, o fluxo de caixa da empresa envolve o dinheiro que entra e sai do negócio. Nesse caso, vendas, pagamento de fornecedores, impostos e custos operacionais, além de salários dos funcionários e outros tipos de investimento.
Em empresas grandes, essa diferença acaba sendo mais visível, mas pode ser difícil separar para microempreendedores ou pequenos negócios.
Como manter esses fluxos separados?
Para evitar problemas com o fluxo de caixa pessoal e da empresa, existem algumas dicas importantes, especialmente para quem está começando.
Tenha contas separadas
Antes de mais nada, faça algo simples: tenha contas bancárias distintas. Ou seja, uma para a pessoa física e outra para a jurídica. Tudo que for da empresa deve entrar na conta PJ, inclusive em termos de transferências e pagamentos. Além de ajudar a identificar o que é entrada e saída, também evita erros com a fiscalização e a Receita Federal em termos de recebimentos no CNPJ.
Defina um pró-labore
O pró-labore não é apenas para grandes empresas ou sócios, mas sim para qualquer negócio sério que queira separar bem o fluxo de caixa pessoal e da empresa. Em vez de pegar dinheiro quando precisar, defina seu próprio salário.
Todos os meses, separe o valor conforme sua função, atividades e desempenho na empresa. Isso evita usar o dinheiro jurídico para despesas pessoais, além de permitir que você invista no negócio e na vida pessoal de maneira equilibrada.
Use ferramentas para monitorar cada fluxo
Por fim, é mais fácil se perder no fluxo de caixa pessoal e da empresa se não tiver um acompanhamento controlado de cada um. Considere diferentes ferramentas para manter tudo organizado no seu negócio. Por exemplo, plataformas de gestão e até fintechs oferecem sistemas para monitorar as entradas e saídas da empresa, integrado com a própria conta bancária.
Enquanto isso, faça seu orçamento pessoal e mantenha tudo em planilhas ou aplicativos, para saber como anda as suas finanças em ambos os lados. Dessa forma, você terá um negócio saudável financeiramente, e conseguirá ter qualidade de vida pessoal sem faltar dinheiro.
