Em um ambiente cada vez mais digital e competitivo, as empresas estão apostando na inovação para oferecer conveniência e personalização ao consumidor. De acordo com a pesquisa Inteligência Artificial no Varejo, da Central do Varejo, realizada entre abril e junho deste ano, 47% dos varejistas já utilizam IA, enquanto 53% ainda não aderiram, mas dizem estar atentos às possibilidades de implantação.
Para Eduardo Córdova, sócio-fundador e CEO do market4u, maior rede de mercados autônomos da América Latina, o cenário é de constante adaptação. “Estamos vivendo uma revolução na forma como as pessoas interagem com o varejo. Quem não se adaptar, ficará para trás”, afirma.
À medida que o segmento varejista avança rumo a 2025, novas tecnologias e uma abordagem centrada no cliente redefinem o mercado. Abaixo, o CEO preparou cinco tendências desse mercado para ficar de olho no próximo ano. Confira:
1. Expansão dos mercados autônomos
O segmento se consolida com força em 2025, oferecendo uma experiência de compra rápida e prática, sem a necessidade de atendentes. “O varejo autônomo é a resposta do ritmo acelerado da vida moderna, onde a agilidade é essencial, como o varejo sem atendimento humano e o pagamento realizado por aproximação, que se torna cada vez mais comum, já que oferece rapidez, em uma compra sem filas e aumenta a satisfação dos clientes”, observa o empresário.
2. Inteligência artificial para personalização
Cada vez mais presente para entender e prever o comportamento do consumidor, criando experiências personalizadas e recomendando produtos com base no histórico de compras e preferências, a Inteligência Artificial traz facilidade para o cliente e também para os gestores das redes varejistas.
“A IA é uma aliada estratégica, através dos dados, pois nos permite analisar padrões de consumo em tempo real e prever a demanda de produtos com base no histórico de compras e comportamento dos clientes. E para o cliente, ela torna a jornada de compra mais atrativa, com aviso sobre produtos em promoção, facilitando as compras do dia a dia”, diz Córdova.
3. Sustentabilidade e transparência
Consumidores cada vez mais conscientes exigem práticas sustentáveis e transparência das marcas. “A sustentabilidade e a transparência se tornaram essenciais para o consumidor atual, que valoriza marcas comprometidas com o impacto ambiental e social. Entendo que é fundamental acompanhar essa demanda, pensando em soluções eficientes para o nosso negócio, buscando fornecedores alinhados com a nossa cultura e que façam parte de uma mudança positiva para o futuro do planeta”, comenta o executivo.
4. Retail Media
A autonomia do cliente na loja, assim como o uso do aplicativo para finalizar as compras, oferece um amplo espaço para retail media. “Sabemos quais os produtos preferidos dos nossos clientes e conseguimos oferecer promoções exclusivas, baseadas em seu perfil de consumo, além de apresentar opções de produtos compatíveis com seus gostos”, diz o CEO.
5. Uso de dados em tempo real
Essa função permite que o varejista tome decisões rápidas e assertivas, reagindo imediatamente às mudanças de demanda e preferências do consumidor. O que possibilita ajustes de estoque, reposicionamento de produtos e personalização de ofertas, respondendo às mudanças de mercado com precisão.
Segundo Córdova, com essa capacidade de resposta, o varejista não só aprimora a eficiência operacional como também fortalece a conexão com o cliente, que percebe a marca como alinhada às suas necessidades. “Os dados são extremamente valiosos, através deles conseguimos não só ajustar a rota, mas também entender quais serão os novos caminhos a serem percorridos no negócio”, afirma.
Com essas tendências, o setor varejista se adapta ao comportamento dinâmico do consumidor, buscando inovar e otimizar a experiência de compra. “A flexibilidade e a capacidade de entender o cliente em tempo real são o novo padrão do varejo”, finaliza Córdova.