4 dicas para ter saúde financeira e se livrar das dívidas Veja dicas para acabar com as dívidas - Shutterstock

No Brasil, as dívidas são um problema para muitas pessoas e famílias. Um dos motivos para isso é o fato de que, de acordo com o Serasa, 71% dos consumidores brasileiros costumam parcelar suas compras. Isso, por si só, não é um problema, mas pode se tornar um.

“Só um quarto dos consumidores parcela por não ter dinheiro suficiente para adquirir aquele serviço ou produto. A questão é que a maioria dessas pessoas opta pelo cartão de crédito, que é um crédito com risco por seus juros altos, que podem desestabilizar a saúde financeira de toda a família”, afirma Lucas Moura, consultor financeiro da TudoNoBolso, fintech de educação financeira, soluções de crédito e benefícios corporativos.

Ou seja, há casos nos quais as pessoas parcelam as compras no cartão de crédito, essas parcelas vão se acumulando e viram uma bola de neve de problemas com dívidas.

E é aí que entra a necessidade de se organizar e tomar decisões mais assertivas sobre finanças. Afinal, de acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 82% dos inadimplentes no Brasil sofreram impacto na saúde física ou mental pelas dívidas em atraso.

Quer se livrar das dívidas e buscar mais saúde financeira? Veja as dicas de Lucas a seguir:

Conheça as taxas disponíveis e opções do mercado

Lucas explica que, para que o gerenciamento dos recursos financeiros seja feito de maneira mais eficiente, é necessário conhecimento – especialmente das taxas e opções do mercado.

“Essa é a maneira de fazer escolhas inteligentes na hora de optar por onde e como fazer o parcelamento de uma compra significativa. Ou se vale mais comprar à vista com desconto ou deixar o valor rendendo”, completa.

Saiba de verdade o quanto você gasta

Entender melhor os seus gastos vai te ajudar muito nesse sentido. Ainda mais porque você pode acabar encontrando parcelas que você ainda paga e nem lembrava.

“Olhe para a conta bancária e a fatura do cartão e tente encontrar ali gastos que não fazem mais sentido, como anuidade de conta corrente, três ou quatro assinaturas de streaming, gastos excessivos com delivery… Tudo isso, no fim do mês, tem um impacto importante. ‘Varrer’ essas despesas é o início da consolidação de uma melhor saúde financeira”, diz Lucas.

Fale de dinheiro com a família

Esse papo é indispensável para todo o núcleo familiar. O especialista afirma que cada vez mais os pais falam de dinheiro com os filhos, mas é possível que, em caso de dívidas, os adultos possam ter dificuldade de abrir a situação.

“Isso não é motivo de vergonha. Todos estão sujeitos a ter algum aperto financeiro. Falar abertamente do tema e envolver toda a família é necessário para um bom relacionamento com o dinheiro, especialmente quando pensamos nas crianças”, explica.

Troque sua dívida por uma mais barata

Uma alternativa menos explorada no Brasil é o crédito consignado privado, que se destaca entre os serviços financeiros por possuir taxas menores. O relatório de maio do Banco Central do Brasil aponta que a taxa média de uma operação de crédito pessoal é de 7,83% a.m., enquanto a de uma operação de crédito consignado privado é de 3,23% a.m.

A discrepância é ainda maior diante das taxas médias do Cartão de Crédito Rotativo, de 35,21% a.m., e do cheque especial, de 10,7% a.m.  Com juros menores, o pagamento desse tipo de empréstimo reduz o impacto no orçamento, gerando menos estresse e oferecendo maior equilíbrio financeiro e emocional.

“É uma forma de manter a saúde do bolso em dia, ainda que com contas a pagar em aberto”, finaliza o profissional.


Mayra Cardozo

Mayra Cardozo é formada em Jornalismo e pós-graduanda em Jornalismo Cultural e de Entretenimento pelo Centro Universitário Belas Artes de...