Como fugir dos 5 principais golpes financeiros e se manter seguro Descubra como fugir de diversos golpes financeiros - Shutterstock

Infelizmente, surgem cada vez mais notícias de pessoas que caíram em golpes financeiros e perderam dinheiro por isso no Brasil. Segundo levantamento do DataSenado divulgado no fim do ano passado, mais de 40 milhões de brasileiros já foram vítimas, seja de clonagem de cartão, fraudes online ou invasões bancárias.

E o pior é que os golpes vão ficando cada vez mais sofisticados. Por isso, é cada vez mais importante saber como se proteger bem deles.

“Evite compartilhar dados bancários, senhas ou tokens por telefone, e-mail ou redes sociais, especialmente em contatos não solicitados. Na dúvida sobre a autenticidade de uma cobrança ou comunicação de uma instituição financeira, interrompa qualquer ação imediata e busque confirmação por meio de canais oficiais e pessoas de confiança”, orienta Patricia Bertolin Abrahão, Gerente Jurídico Contencioso e Atendimento ao Cliente da Recovery.

A seguir, veja mais dicas da especialista sobre como identificar e evitar alguns dos maiores golpes financeiros atualmente:

Golpe do WhatsApp

Nesse golpe, os fraudadores clonam contas do aplicativo ao obter códigos de autenticação enviados por SMS. Para conseguir isso, fingem uma atualização de cadastro e enganam as vítimas. Assim que conseguem o WhatsApp da pessoa, mandam pedidos de dinheiro para seus contatos.

Para evitar o golpe, uma dica é nunca compartilhar códigos de autenticação. Além disso, procure pelo selo de verificação sempre que for falar com uma empresa por WhatsApp ou confira o número dela pelo seu site.

Boleto falso

Um boleto aparentemente legítimo pode desviar o pagamento para a conta de criminosos.  Os golpistas identificam compras e pagamentos reais da vítima para criar boletos falsos que desviam o destino do pagamento. A fraude costuma vir por e-mails, SMS ou WhatsApp.

Para se proteger, é importante ficar atento aos dados no boleto antes de efetuar o pagamento no aplicativo do banco, como nome, CNPJ e demais dados da empresa que receberá o pagamento.

Falsa central de atendimento

Esse é um dos golpes financeiros mais sofisticados e se inicia com um golpista entrando em contato dizendo que é representante de um banco ou empresa renomada e que há um problema em sua conta. Ele usa estratégias para dar medo na vítima, como dizer que sua conta foi clonada, para que ela pense ser urgente e forneça dados sensíveis, como senhas e números de cartão.

Um truque comum é pedir que a vítima desligue e retorne a ligação para um número supostamente oficial, que, na verdade, ainda está conectado com os criminosos. Simula-se um sinal de discagem e outro golpista assume a chamada para continuar a fraude.

Assim, nunca dê esse tipo de dados por telefone e desconfie de contatos urgentes vindos de bancos que peçam por senhas ou número do cartão.

Link falso

O uso de links falsos é um dos golpes mais comuns e eficazes, utilizado por fraudadores para enganar vítimas por meio de mensagens persuasivas. Essas mensagens podem ser enviadas por e-mail, SMS, WhatsApp ou redes sociais, e geralmente imitam comunicações oficiais de bancos, lojas ou serviços populares.

Elas costumam conter informações alarmantes, como bloqueio de conta, ofertas imperdíveis ou cobranças inesperadas, incentivando a vítima a clicar em links maliciosos. Ao clicar no link, a vítima é direcionada para páginas falsas que imitam sites legítimos. Esses sites solicitam dados sensíveis, como login, senhas, números de cartões de crédito etc.

Em alguns casos, o link também instala softwares maliciosos (malware) no dispositivo da vítima, comprometendo ainda mais a segurança.

A dica para se proteger deste tipo de golpe é nunca clicar em links suspeitos, preferindo buscar o site da instituição por conta própria, em links oficiais.  Sempre desconfie de mensagens alarmantes ou ofertas boas demais para serem verdade. Essas estratégias são criadas para induzir ações impulsivas.

Golpe da maquininha trocada ou danificada

Esse é um golpe que ocorre em estabelecimentos comerciais ou no momento de pagamentos com cartão no trânsito, por exemplo. Para isso, os criminosos usam maquininhas adulteradas ou danificadas com problemas de funcionamento.

Elas podem, por exemplo, não mostrar o valor correto na tela, para que a vítima faça o pagamento sem perceber que o valor é maior do que o que havia sido informado. Outro cenário comum é a troca do equipamento por um terminal que desvia os dados do cartão ou direciona o pagamento para contas de terceiros. Isso pode incluir valores inflacionados, transações duplicadas ou, em casos mais graves, o roubo de informações bancárias que podem ser usadas posteriormente em fraudes.

Para evitá-lo, confira o valor da compra na tela antes de digitar a senha. Certifique-se de que a quantia exibida na maquininha corresponde à cobrada pelo estabelecimento. Outra dica é observar a maquininha com atenção, conferindo se ela está funcionando normalmente e se não apresenta sinais de adulteração, como lacres rompidos ou peças soltas.


Mayra Cardozo

Mayra Cardozo é formada em Jornalismo e pós-graduanda em Jornalismo Cultural e de Entretenimento pelo Centro Universitário Belas Artes de...