Mês da Mulher: especialista dá dicas para ter independência financeira Descubra como alcançar a independência financeira - Shutterstock

Durante março, é celebrado o Mês da Mulher, e isso não quer dizer apenas que nesse período elas ganham chocolates, flores e outros presentes bonitinhos. O momento também é ideal para trazer pautas sobre a equidade de gênero em diversas áreas da sociedade. E, nesse sentido, a luta por autonomia e por independência financeira é um dos muitos temas importantes.

Afinal, ter uma independência financeira é essencial para que a mulher seja livre no geral e não fique presa em situações abusivas por não ter dinheiro para viver sozinha, por exemplo. Porém, alcançar esse objetivo é mais complicado do que parece, começando pelos salários desiguais.

De acordo com o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher, elaborado pelo Ministério das Mulheres, enquanto o rendimento-hora médio habitual dos homens no Brasil é de R$ 18, entre as mulheres só chega a R$ 16. No caso de mulheres pretas ou pardas, o valor ainda é menor, R$ 12.

Ainda segundo o levantamento, a participação das mulheres na força de trabalho nacional segue inferior à dos homens. Enquanto 72% deles estão na ativa, entre elas o percentual é de 53%. Entre mulheres pretas e pardas, fatia ligeiramente menor: 51%.

Assim, não é de espantar que, segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), quase 8 em cada 10 mulheres tenham dívidas contraídas. Acabar com essas dívidas e organizar suas finanças é importantíssimo para ter a independência financeira.

Veja a seguir dicas para conseguir isso:

Se planeje financeiramente

Planejar-se financeiramente, explica a planejadora financeira Júlia Lázaro, envolve estabelecer metas e, para alcançá-las, definir estratégias. Cumprir esse planejamento requer, porém, considerável dose de disciplina – pois, do contrário, as boas intenções tendem a não serem colocadas em prática.

A construção desse planejamento inclui mensurar despesas e receitas, para se ter um diagnóstico da real situação financeira em questão. A partir desse raio-x, identificar, entre os gastos, o que é realmente relevante, indispensável, e o que pode (e deve) ser cortado. Entre as despesas, verificar aquelas fixas, de fonte principal, e as que são extras, esporádicas, de fontes secundárias.

Crie uma reserva

Separe um dinheiro cada mês para uma reserva de emergência. Assim, se em algum momento precisar fazer um gasto inesperado, não irá contrair dívidas por conta disso. Esse dinheiro pode até ser aplicado em investimentos de baixo risco, para render, mesmo que apenas um pouco.

Não ignore os gastos e atividades do dia a dia

No dia a dia, existem gastos com os quais você também deve ter cuidado. Por exemplo, antes de ir às compras, é melhor elaborar uma lista do que precisa. Esse roteiro assegura gastar com o que realmente importa, evitando despesas supérfluas. Isso vale não só para compras de supermercado, mas também para outros tipos de comércio.

Outra dica é utilizar o comércio eletrônico para somente o necessário. “É importante estar vigilante quanto a isso”, frisa a especialista, alertando para o risco de, estando na internet, render-se a todo tipo de anúncio e promoção de produtos sendo comercializados.

Cuidado com os cartões de crédito

Se você tem diversos cartões de crédito, saiba que isso pode ser um perigo.  “Ter somente um, no máximo dois, é o suficiente”, pontua Júlia. Isso porque, com muitas opções, surge a tentação de gastar mais.

Use aplicativos a seu favor

Aposte em aplicativos de controle financeiro. Eles podem te ajudar a organizar bem melhor suas finanças. Inclusive, eles podem funcionar de maneira mais eficaz do que o controle na ponta do lápis.


Mayra Cardozo

Mayra Cardozo é formada em Jornalismo e pós-graduanda em Jornalismo Cultural e de Entretenimento pelo Centro Universitário Belas Artes de...