Porque é tão difícil guardar dinheiro? Especialista explica Veja dicas para ajudar a guardar dinheiro - Shutterstock

Para a maioria dos brasileiros, guardar dinheiro não é fácil. A renda da maioria das pessoas é bem apertada e boa parte do dinheiro é direcionada para as despesas básicas como alimentação, transporte e moradia. Mas um dos principais motivos que torna essa missão ainda mais desafiadora é a falta de educação financeira, ferramenta fundamental para organizar as finanças pessoais

A especialista em mercado financeiro Adriana Ricci avalia que grande parte da população tem pouco ou quase nenhum contato com informações sobre finanças. Segundo ela, isso leva a decisões pouco conscientes sobre consumo, crédito e planejamento no longo prazo. “Sem fazer ideia de como funcionam juros compostos, como organizar um orçamento ou a importância de ter uma reserva de emergência, muitas pessoas priorizam gastos imediatos e não adquirem nunca o hábito de poupar”, explica.

De acordo com a especialista, o estímulo constante ao consumo por meio da publicidade em massa, das redes sociais e de padrões culturais que vinculam o sucesso à posse de bens também dificulta o hábito de guardar dinheiro. “As pessoas acabam gastando para acompanhar os outros ou para sentir uma satisfação momentânea e esse comportamento é facilitado pelo acesso ao crédito, como longos parcelamentos e cartões, que acabam mascarando o impacto real das compras no orçamento”, revela Adriana.

Organização é essencial

A organização financeira é um ponto fundamental para conseguir guardar dinheiro. Segundo Adriana, muitas pessoas não têm o hábito de acompanhar entradas e saídas, nem estabelecer metas financeiras e sem um objetivo claro, como a compra de um imóvel, uma viagem ou o sossego na aposentadoria, poupar parece algo abstrato e menos urgente do que resolver necessidades imediatas. 

Como fazer o dinheiro render?

Quem já conseguiu formar uma reserva e busca opções que rendam mais que a poupança, primeiro precisa abrir uma conta em um banco de investimentos. A grande maioria é gratuita e todo o procedimento é feito de forma on-line. Depois, deve responder ao questionário que avalia o perfil de investidor, que ajuda a escolher as melhores opções para investir conforme as características do investidor.

Para investidores conservadores, por exemplo, a especialista sugere algumas opções de investimento seguras. São elas: Tesouro Direto (especialmente o Tesouro Selic), CDBs de bancos médios com rentabilidade acima de 100% do CDI e Fundos de Renda Fixa. “Essas modalidades oferecem baixo risco e liquidez – que é a possibilidade de resgate – semelhante à poupança, mas com retorno superior, desde que observadas taxas e prazos. No caso dos CDBs, ainda têm a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que protege investimentos de até 250 mil reais por instituição financeira”, finaliza Adriana


Raquel Barreto

Raquel Barreto é formada em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi. Além de investimentos e finanças, também escreve sobre saúde, beleza,...