
Temas sobre investimentos sempre geram dúvidas – afinal, o que será mais vantajoso ou mais seguro? Isso vai variar dependendo do momento e do seu perfil de investidor. Porém, o que é sempre certo é que você deve refletir bem e considerar diversas questões antes de escolher que caminho seguir ou na hora, por exemplo, de escolher entre Poupança ou Tesouro Direto.
Esses dois tipos de investimentos são muito comuns, especialmente para investidores iniciantes. Contudo, muitas vezes, na hora de migrar do primeiro para o segundo, aparecem as dúvidas e inseguranças.
O educador financeiro João Victorino explica que os títulos do Tesouro Direto podem oscilar no curto prazo, o que costuma assustar um pouco os investidores iniciantes. Essa volatilidade dos títulos públicos ocorre principalmente nos títulos prefixados e atrelados à inflação (Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+). Segundo ele, o segredo para não se assustar com as oscilações é lembrar que elas só importam se a pessoa resgatar o dinheiro antes do vencimento.
“Se o seu objetivo é um investimento de longo prazo, a volatilidade pode ser uma aliada. Quando os preços caem, é uma oportunidade para comprar mais barato e garantir uma taxa melhor até o vencimento. Quem entende isso percebe que a variação de preços no curto prazo é apenas um ruído. Para quem ainda não está confortável com essa dinâmica, o Tesouro Selic é sempre a escolha mais tranquila, pois sua oscilação de preços é mais suave e acompanha a taxa de juros básica da economia”, afirma o especialista.
E, para ter segurança na hora de migrar da Poupança para o Tesouro Direto ou decidir se essa é mesmo a melhor escolha nesse momento, veja a seguir os 5 erros que você precisa evitar nessa hora, segundo o especialista:
1. Resgatar títulos prefixados ou IPCA+ antes do vencimento
Muitas pessoas compram esses títulos sem entender que o valor pode oscilar no curto prazo. Se precisarem do dinheiro antes do vencimento, podem acabar vendendo com prejuízo.
2. Não considerar a liquidez
A poupança tem liquidez imediata, mas o Tesouro Direto pode levar um dia útil para o dinheiro cair na conta. Para compor a reserva de emergência, o ideal é ter uma parte em Tesouro Selic ou em um fundo DI de resgate rápido.
3. Ignorar os impostos
No Tesouro Direto, há cobrança de Imposto de Renda sobre os rendimentos. A alíquota começa em 22,5% e cai para 15% após dois anos. Isso precisa ser considerado no planejamento financeiro. Mesmo assim, ele rende mais que a poupança (se mantido até o vencimento), de acordo com o profissional.
4. Ignorar a data de aniversário da poupança ao migrar
Muitas pessoas sacam o dinheiro da poupança para investir no Tesouro sem se atentar à data de aniversário da aplicação. Se o resgate for feito antes de completar um ciclo de 30 dias, o investidor perde o rendimento daquele mês. O ideal é aguardar o melhor momento para a transferência.
5. Esquecer de aprender sobre o investimento
É importante que as pessoas se dediquem um pouco a aprender sobre Tesouro Direto. Apenas assim, sempre se atualizando, é que você vai conseguir fazer bons investimentos.