
Nos momentos de aperto, muitas pessoas pensam em pagar o mínimo da fatura como forma de liberar um pouco do orçamento. Embora seja uma alternativa fácil, no futuro se torna uma dívida difícil de controlar. Entender como essa opção funciona é essencial para evitar surpresas na conta e comprometer, ainda mais, o seu saldo.
O que é o pagamento mínimo?
O pagamento mínimo é uma porcentagem do total da fatura que o banco permite que você quite no mês. Geralmente, fica entre 15% e 20% do valor total. Por exemplo, em uma fatura de R$1.000, o mínimo pode ficar entre R$150 e R$250, dependendo do banco. Nesse caso, o cliente consegue quitar a fatura para não ter o nome negativado, mas o saldo restante fica para os próximos meses. Parece uma solução simples, mas o restante se parcela com juros altos, o que transforma o que sobrou da fatura em uma nova dívida.
Juros altos e efeito bola de neve
Um dos maiores riscos de pagar o mínimo da fatura é que você entra automaticamente no crédito rotativo. Essa é uma das linhas de crédito mais caras do mercado, e não deixa escolha para o cliente que entra com essa alternativa. Os juros podem ultrapassar 400% ao ano. Em pouco tempo, o valor da dívida cresce tanto que fica difícil pagar, criando o chamado “efeito bola de neve”.
Perigo para o orçamento
Além dos juros, é importante ter em mente que você não quitou totalmente aquela dívida, e, no próximo mês, além das novas compras, também terá a fatura anterior. Ou seja, o saldo fica ainda maior, se somando com os valores antigos e desorganizando totalmente o seu orçamento a longo prazo. Em alguns casos, a pessoa paga o mínimo por meses e nunca consegue se livrar da dívida, pois só cobre os juros e não o valor original.
O que fazer em vez de pagar o mínimo da fatura?
Se não conseguir quitar o valor total, o ideal é buscar outras alternativas em vez de pagar o mínimo da fatura. Uma opção é negociar o parcelamento com juros menores, ou até recorrer a um empréstimo pessoal mais barato. Claro, são formas de crédito que geram uma dívida, de um jeito ou de outro, mas a ideia é fugir dos juros rotativos. Além disso, vale revisar os gastos, cortar despesas superficiais por um tempo e focar em quitar essa dívida quanto antes.